Um exercício de roteiro

Dos filmes bacanas que assisto, numa sala de cinema ou em casa, sempre me pego fazendo um exercício de roteiro - extrair a cena que revela a história do filme, a cena chave. É um exercício de concisão que compartilho com os amigos amantes de cinema e de roteiro, mais particularmente. Aqui não há adjetivos, descrições, muito menos o final da história. Você poderá, eventualmente, ouvir a voz dos personagens ao ler o trecho de uma fala ou outra. Assitindo ao filme você poderá concordar comigo ou não, se a cena que escolhi é mesmo a cena chave, afinal as boas histórias podem ser entendidas de diferentes maneiras. Todavia, uma coisa eu garanto: você terá mais da experiência cinematográfica, compreendendo melhor os enredos.

Acompanhe Cena chave e bom filme!

Irina Palm

Irina Palm, de Sam Garbarski, também escrito por Martin Herron e Philippe Blasband. De uma forma ou de outra, todos estão prostrados, os pais diante da doença do filho, a avó sem recursos para custear o tratamento do neto, a contingência de sua idade avançada, a futilidade de uma vida mundana perdida entre amigas, chás e jogos de carta. É baixa a autoestima, quase não existe. Mas, por algo superior nada é degradante. Maggie descobre seu valor, “Eu sou boa nisso, sou um bom negócio pra você, Miki!”. A partir do reconhecimento deste valor, Maggie (Marianne Faithfull) aponta para o que faz aflorar e deve ser resgatado em forma de sentimento e humanidade.