Os Fantasmas de Scrooge, escrito e dirigido por Robert Zemeckis, baseado na obra de Charles Dickens. O Sr. Scrooge (interpretado por Jim Carrey), um velho egocêntrico, amargurado, sovina e mal-humorado, enfrenta seus fantasmas do passado. Um deles, o fantasma do Natal Presente (também interpretado por Jim Carrey), vem assombrá-lo com seu bom humor, ele que é solidário e querido por todos. É ele quem diz a Scrooge: “Poucos têm a chance de ver sua vida por um ponto de vista celestial”. Esta perspectiva revela a Scrooge as consequências de seus atos, de suas escolhas. O que ele vê, sim, é um horror. O Fantasma dos Natais Passados o faz reviver a infância, esta visão o aterroriza, ver-se triste e sozinho, olhando pela janela o mundo lá fora, inalcançável. Esta rejeição se repete quando adulto, o propósito obstinado de ser rico, aceito, mesmo que para isso tenha de abdicar do amor para não assumir compromissos dispendiosos. Scrooge se torna uma pessoa dura e intratável. A visão celestial dá a ele a possibilidade de entender este processo, de descobrir que o destino de todos está numa lápide por ser escrita. O que vale é a vida e como ela é vivida, e mesmo sendo curta, Scrooge alcança sua remissão.
Um exercício de roteiro
Dos filmes bacanas que assisto, numa sala de cinema ou em casa, sempre me pego fazendo um exercício de roteiro - extrair a cena que revela a história do filme, a cena chave. É um exercício de concisão que compartilho com os amigos amantes de cinema e de roteiro, mais particularmente. Aqui não há adjetivos, descrições, muito menos o final da história. Você poderá, eventualmente, ouvir a voz dos personagens ao ler o trecho de uma fala ou outra. Assitindo ao filme você poderá concordar comigo ou não, se a cena que escolhi é mesmo a cena chave, afinal as boas histórias podem ser entendidas de diferentes maneiras. Todavia, uma coisa eu garanto: você terá mais da experiência cinematográfica, compreendendo melhor os enredos.
Acompanhe Cena chave e bom filme!
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