Um exercício de roteiro

Dos filmes bacanas que assisto, numa sala de cinema ou em casa, sempre me pego fazendo um exercício de roteiro - extrair a cena que revela a história do filme, a cena chave. É um exercício de concisão que compartilho com os amigos amantes de cinema e de roteiro, mais particularmente. Aqui não há adjetivos, descrições, muito menos o final da história. Você poderá, eventualmente, ouvir a voz dos personagens ao ler o trecho de uma fala ou outra. Assitindo ao filme você poderá concordar comigo ou não, se a cena que escolhi é mesmo a cena chave, afinal as boas histórias podem ser entendidas de diferentes maneiras. Todavia, uma coisa eu garanto: você terá mais da experiência cinematográfica, compreendendo melhor os enredos.

Acompanhe Cena chave e bom filme!

Um conto chinês


Um conto chinês, escrito e dirigido por Sebastián Borensztein. Roberto (Ricardo Darin) é um homem solitário, vivendo em sua toca protegida, impenetrável, longe do mundo para ele incompreensível, insensível e hostil. Roberto coleciona notícias bizarras publicadas nos jornais e revistas que lhe caem nas mãos. Roberto fala desolado diante do seu mais recente problema, Jun, o chinês (Ignacio Huang) que apareceu para perturbar sua metódica rotina. “A vida não faz nenhum sentido. Como fui me meter nesta enrascada?”. Jun é o elo inexorável desta grande rede de relações, de atitudes e consequências, ações e reações.